domingo, 29 de abril de 2012

OS VALORES ÉTICOS DA ADVOCACIA E A LOGOSOFIA (resenha)

Comentário à palestra proferida na 3ª semana jurídica sob o patrocínio da Universidade do Estado de Minas Gerais, no dia 29 de outubro de 1998 pelo advogado Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas, OAB/MG n.° 26.761. Palestra disponível no Site: http://www.datavenia.net/opiniao/valetc.html  
O palestrante é advogado com especialidade nas áreas comercial e tributária, formado pela PUC/MG, é conferencista e autor de vários artigos e livros.
Em sua palestra, invoca alguns juristas de renome como: Prof. Eduardo Couture, Prof. José Olímpio de Castro Filho, Prof. DR. José Antônio Antonini e o humanista Carlos Bernardo Gonzalez Pecotche, para embasar sua tese acerca da matéria título.
O conferencista inicia dizendo que apenas 5% dos casos que passam pelo escritório de um advogado são causas meramente judiciais, e os outros 95% tratam de dar conselhos, e orientações visando a prevenção de futuros litígios.
Não obstante, a vida profissional do advogado proporciona uma diversidade de relações muito rica em oportunidades. Essa convivência, entretanto, deve ser pautada numa conduta ética. Nesse contexto, o autor nos apresenta uma nova ciência auxiliar do Direito denominada LOGOSOFIA que, no dizer do seu criador, o acima citado humanista Pecotche: “Abarca todos os conhecimentos humanos e transcende para conhecimentos maiores.”
A LOGOSOFIA, segundo apresenta, define os agentes causais do conhecimento humano, então, o Direito deve valer-se desse instituto para compreender e atuar no campo das deficiências psicológicas que podem comprometer o bom exercício da profissão do advogado. Dentre essas deficiências, algumas foram assim enunciadas pelo autor: 
a IMPULSIVIDADE, que leva à indiscrição, essa falha psicológica altera o ânimo e principalmente a paz interior, é a falha que nos leva a expressar em relação à outra pessoa coisas que deveriam ser mantidas em reserva, seu antídoto é a CONTENÇÃO; a SUSCETIBILIDADE, que nos faz achar que há no outro, sempre, uma segunda intenção, contrapondo, deve-se exercitar a EQUANIMIDADE, que é a medida exata da justiça; e finalmente, 
a ASPEREZA, que sufoca os sentimentos e torna o caráter acre e sombrio, nos impelindo ao isolamento, o remédio é a AFABILIDADE.
A LOGOSOFIA, segundo Abreu Chagas, nos leva a estudar nosso próprio organismo mental e psicológico, e nos capacita para penetrar em nossas próprias limitações visando o entendimento da origem das nossas próprias deficiências, como também conhecer nossos valores e condições para, consequentemente, errarmos menos. Desta forma buscaremos o término de uma “era sombria do desprezo ao semelhante e do desprezo a todo o justo, nobre e bom".
Subtrai-se de todo exposto que devemos reavaliar constantemente nossos conceitos e passar a observar nos outros, assim como em nós mesmos, as deficiências e virtudes, para podermos aplicar no dia a dia o que for melhor e mais ético no bom exercício da profissão de advogado. 


JOSENILTON DE SOUSA E SILVA - Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

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